Nós em nossa ‘carne viva’: Baroom! Baruuum!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Os homens, seja quem forem os homens, vestem-se de dois ‘tecidos’,
a saber, das imagens e das palavras. Por isso, a sensação de nudez é corrente.
E o pior das sensações é sentir-se em ‘carne viva’ – esta tem sido a nossa
total vestimenta!
Sangramos!
Os tempos são todos ‘porosos’. Daí a sensação instantânea
de vazamentos. Talvez por isso as palavras como paredão, pancadão, safadão, e
tudo mais que soa como ‘ão’ ou outras tais como apitaço, panelaço, beijaço,
peitaço – são ‘rolhas’ para os nossos vazios!
Se por um lado recorremos ao aumentativo das palavras,
por outro, isso significa que estamos cada vez mais apequenados. Tal é o
tamanho das coisas, que as palavras tentam abarcar.
E quanto às imagens? Ora, em tempos de redes sociais, mas
onde todos padecem sentindo-se em ‘carne viva’ que imagens se agigantam sobre
nós senão aquelas que, por escassez de palavras ganham o status de ‘vírus’,
isto é, aquelas que ‘viralizam’ ou ‘bombam’.
Baroom! Baruuum!
Ainda vivo, primo?
Bom café da manhã!
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