A propósito da nossa gravidez, que bebês abundam?

 
Por Gilvaldo Quinzeiro
 
O bebê ao nascer até chegar finalmente ao seio da mãe, não passa da condição angustiante  de um náufrago em pleno estado de afogamento, até alcançar o continente. Ora, o quanto de sofrimento seria poupado se toda mãe soubesse disso!... Mas, quando ao contrario,  é a própria mãe que se torna no  “mar revolto” – o que fazer quando o que nos sobra é apenas o corpo que nos afunda?
Pois bem, neste tempo onde obrigatoriamente as imagens que nos cercam são as mesmas que nos afogam como então “parir” um bebê, e não se sentir ao mesmo tempo “rasgado” por ele?
A propósito deste tema, quem  nesta semana, em Caxias, não se sentiu grávido(a)  com a dor do bebê cuja mãe lhe abandonou numa lixeira, pois, segundo a mesma, “não sabia que estava gravida e não aceitava a condição de gestante”?
Nunca o tempo foi tão grávido do nada, como o de agora, onde  tudo se mede pelo tamanho das imagens que nos tornam seus “bebês”!...Aliás, como em todo principio como aqueles que  a “mãe África” nos gestou, as imagens  são todas carnívoras...
Mas, voltando às condições angustiantes dos bebês, pena daqueles cujas mães com a chegada destes, se tornaram náufragas das suas. Mas a pena maior é não termos tempo para compreender a eternidade que significa para um bebê, o tempo sem os seios cuja ausência será uma seca na sua condição de homem, se se da condição de bebê conseguir passar...
Enfim,  por quem engravida os homens numa época em que os seios que abundam são os mesmos que pela bunda  secam?
 
 
 
 

Por Gilvaldo Quinzeiro

 

O bebê ao nascer até chegar finalmente ao seio da mãe, não passa da condição angustiante  de um náufrago em pleno estado de afogamento, até alcançar o continente. Ora, o quanto de sofrimento seria poupado se toda mãe soubesse disso!... Mas, quando ao contrario,  é a própria mãe que se torna no  “mar revolto” – o que fazer quando o que nos sobra é apenas o corpo que nos afunda?

Pois bem, neste tempo onde obrigatoriamente as imagens que nos cercam são as mesmas que nos afogam como então “parir” um bebê, e não se sentir ao mesmo tempo “rasgado” por ele?

A propósito deste tema, quem  nesta semana, em Caxias, não se sentiu grávido(a)  com a dor do bebê cuja mãe lhe abandonou numa lixeira, pois, segundo a mesma, “não sabia que estava gravida e não aceitava a condição de gestante”?

Nunca o tempo foi tão grávido do nada, como o de agora, onde  tudo se mede pelo tamanho das imagens que nos tornam seus “bebês”!...Aliás, como em todo principio como aqueles que  a “mãe África” nos gestou, as imagens  são todas carnívoras...

Mas, voltando às condições angustiantes dos bebês, pena daqueles cujas mães com a chegada destes, se tornaram náufragas das suas. Mas a pena maior é não termos tempo para compreender a eternidade que significa para um bebê, o tempo sem os seios cuja ausência será uma seca na sua condição de homem, se se da condição de bebê conseguir passar...

Enfim,  por quem engravida os homens numa época em que os seios que abundam são os mesmos que pela bunda  secam?

 

 

 

 

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