O corpo e coisa e tal: que díabo é isso?
Por Gilvaldo Quinzeiro
O corpo é a estrada e o arrodeio, e às vezes, a pedra que nos fixa. Ai daquele que não
souber trilhá-lo permanecendo apenas em sua volta, tal como a terra em torno do sol, ou seja, quanto desperdício
para apenas ser sapecado!..
Entretanto, o corpo é a morado do mais complexo dos
bichos, ainda que os outros sejam em si
mesmo o próprio corpo – estou falando do homem – o único animal a ter consciência
do corpo, e, paradoxalmente, também o único a abandoná-lo.
Quantas coisas se passam no corpo que dele nunca saímos,
posto que, nas outras não há o que nos atolam!
Que coisa se
pensar sobre o corpo, não é mesmo?
Falando em corpo e nas suas coisas, e quando este expressa
apenas aquilo que torna o homem meramente seu “baú”.
Ah! São estas ditas coisas cujas palavras algumas as alcançam – que tornam o
corpo “o bicho” que em nós habita.
Ôxente, e não é o contrário?
Esta semana observei fortuitamente um fato sobre o corpo
de outrem que me inspirou estas mal traçadas linhas. Trata-se de uma pessoa do
sexo feminino cuja gargalha, a meu ouvir ( não, ver...), me lembrou “ruídos orgásticos”. Pensei, cá com meus
botões, ai tem algo de um “orgasmo entalado” – foi esta a expressão que me
ocorreu!...
Assim sendo, podemos falar de um orgasmo outro – aquele que
o corpo mantem preso para si mesmo? Ora, como invejo Freud!
Mas tem outro fato ( e tem? ). Trata-se do corpo de
alguém ou, mais apropriadamente, da sua
suposta imagem, a querer tomar de conta do corpo de outrem que, sabidamente não
cuidara tanto do seu.
E aí? Como é esta tal coisa e coisa e tal?
Por hoje está bom de mais. O corpo é assim: território de
tantos e tantos que nem tanto pensa realmente que tem um corpo!
Ufa!
Parei!
Comentários
Postar um comentário