Diário de um cavalo



Por Gilvaldo Quinzeiro

 

 Ser forte, não significa ser livre. Ser livre não significa ter pés blindados a quaisquer terrenos. Os caminhos quanto mais pedregoso, mais lenta fica a marcha e, quanto às esporas, estas nunca cessam – seguem caminhos a dentro!

Uma vez por outra, as veredas se estendem como se fossem caminhos! As esporas em mim fazem ninho!  Chicote faz zum-zum!

 A passagem se estreita a medida que a carga passa por entre duas estacas. Entre a cangalha e a sela para quem marcha sob ambas, a diferença é tão curta, quanto uma calça sobre a canela.

A velhice para um cavalo é igual à de todos os velhos, ou seja, todos os dias são curtos, longo foram as duras jornadas em tempo em que  se jogou fora toda a mocidade.

 Ah! a minha mocidade!

 

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