Enfim a metafísica



Por Gilvaldo Quinzeiro

 

A vida é um mergulho sem volta para dentro de si mesmo. O universo segue de lado, como um “penico” debaixo da cama: um vacilo aqui, pronto, entraremos em queda livre para sempre!  O lá embaixo é o sem fim em matéria-prima! ...

Por falar em matéria-prima, o amor e o ódio são “barros molhados” com os quais criamos as nossas máscaras, e, a exemplo dos gregos, encenamos as nossas tragédias ou comédias no palco da vida. Amar, a despeito do ódio já amassado em nós, é recriar-se do mais gigantesco sopro – é ir fundo no fundo de si!

 Sermos o artesão, que mete a mão na massa com a qual se faz e se fere a própria face – é o mínimo que se pode espera de cada um de nós neste arriscar-se sem fim.

 Por fim, uma breve observação, ainda em tempo: “o barro molhado” dependendo de como se amassa, poderá resultar-se em lama ou argila endurecida, por isso, uma pitada de amor próprio é a única saída por onde haveremos de respirar!
Boa tarde, a todos!

 

 

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