O ato da fala: abunda-sem quem?



Por Gilvaldo Quinzeiro

 

O ‘espinhaço’ da palavra é a audição. Quem escuta mais do que fala, não só se firma mais em pé, como é capaz de também sobreviver as enchentes dos discursos!

O ato da fala é sequenciado concomitantemente pelo arremesso do sujeito falante, logo, falar é se lançar para o lado de fora da ‘janela’ – não há, pois, ouvido por mais aguçado que seja, que amenize a queda do sujeito falante!

Ouvir é antes de tudo, contemplar titubeios e quedas! Não é à toa que os maiores impérios, a exemplo do dos Persas, que permaneceu por muito tempo de pé, graças à atenção especial que dava a ‘escuta’ da fala dos seus subordinados!

Citando um exemplo ao contrário, será este um dos motivos pelos quais o Brasil nunca se manteve de pé – está sempre “de quatro”?

Por fim, no ‘coração’ de toda conversa há feridas: aplacá-las com as próprias mãos, poderá poupar um grito de dor!

 

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