O homem e a serpente: qual o final desta história?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Sorrateiramente, as serpentes já estão por aqui desde a
“criação do paraíso”. E foi só então depois da sua intervenção que Adão e Eva
se deram conta de que estavam nus.
Então viva os olhos da serpente ou a nudez de Adão e Eva?
Para cada mundo que serpenteia nos desertos, há um outro
peçonhento debaixo da areia. Um passo fora da trilha: um bote certeiro lhe
arranca a cabeça - Adolfo Hitler já estava sem a sua, quando pensou que todo
mundo seria seu! Matar-se com um “tiro” lhe fez parecer mais peçonhento?
Que tipo de serpente é o homem?
Ninguém como as serpentes esperam pacientemente pelo
futuro. Mas para isso, estas, as serpentes, sabem se colocar no seu devido
lugar! Apressadas, suas presas não se dão conta disso. E ai lá numa passagem
qualquer estará a serpente! ...
E quanto aos
homens? O presente já não lhes arrastam precocemente para o futuro? Que futuro?
Afinal, neste tempo todo de encontro e desencontro, o que os homens aprenderam com
as serpentes?
Pois bem, se podermos afirmar que os homens aprenderam
alguma lição com as serpentes, certamente não foi em relação a sua
“paciência”, e sim, sobre o seu veneno. Por isso, “o futuro” não mais estará lá
a nos esperar, mas aqui e agora sendo destruído no presente. Em outras palavras, os
homens se transformaram nas piores das serpentes – aquelas que, impacientes
pela demora das suas presas, passam a picarem a si mesmas!
E “picado” do próprio veneno, meu senhor, que diabo quererá
o homem?
A falta d’água é por exemplo, o espelho a refletir o
futuro da humanidade! Sem água para se beber nem as serpentes sobreviverão, e
sem elas por perto, o que se avizinha não é ideia de “paraíso” por mais
incipiente que seja, mas o “inferno” na sua mais nua e crua realidade!
A onda de imigrantes a se espalhar pelo mundo, é a prova
de que não somente os bichos foram desalojados do seu habitat natural, os
homens também estão perigosamente a serpentear em busca de um abrigo qualquer.
Perdido no “mar de ostentação” a geração atual teima em
colocar o dedo em qualquer coisa que cintila ou faz barulho; não sabendo esta,
que as serpentes ainda chocalha, quando quer pegar os bestas!
E nestas condições, o que esperar do reencontro da
“serpente e o homem” - quem engolirá quem? Eis a questão!
Um ótimo sábado a todos!
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