Em nosso tempo: fartura de profecias ou escassez de seus profetas?
Por Gilvaldo Quinzeiro
O balde e o fundo do poço. Em se olhando o mundo todo
estampado, percebe-se que há muito mais cordas e pontas compridas, mas nó,
nenhum! Não sabendo os homens, da serventia de um “cambito”, sobretudo nas
horas em que a sede aperta!
As vezes o ir lá no fundo do poço não é para pegar água,
mas para tão somente retirar com toda a pressa possível a lama, que impede a
água de brotar! ...
Por outro lado, uma simples observação dos passos de uma
formiga, pode nos dar pistas interessante a respeito de onde encontrar água mais rasa!
Em outras palavras, faz-se necessário, tanto quanto
encontrar água para se beber, se fazer leituras e interpretações balizadas
sobre as condições do nosso tempo - coisa que a nossa pressa e o estilo de vida
nos impedem de fazer!
O dito aqui, não quer dizer que devamos dar ouvidos a
todas as profecias, mas um mundo sem seus “profetas” é bem mais assustador!
Precisamos pois, retroceder ao tempo das portas amarradas
com “imbiras” para termos a compreensão de que, as portas e as chaves são
invenções do nosso medo: um atravanca o outro!
Ora, o nosso medo atual é bem maior do que “a proteção” que
todas as cercas elétricas podem nos oferecer! Isso é como está tendo um
pesadelo acordado – “coisa de louco”, como se diria na gíria dos paulistanos!
De fato, o medo em certas condições é um sinal para que
nos mantenhamos com atenção ao mundo em nossa volta, porém, quando este medo extrapola
o bom-senso, então, é porque estamos em pânico, ou seja, todas as nossas
ferramentas para se lidar com objeto do nosso medo, já perdeu a serventia!
Por fim, triste daquele que viver em seu tempo sem se dá conta
das suas “beiradas” ou do chão, que sustenta seus passos! Afinal para onde “correm
as águas” de hoje – para baixo ou para cima?
Comentários
Postar um comentário