Da mitologia: a reedição do atual contexto político? Que ‘diabo’ ainda está porvir!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Pela força dos fatos, o povo Maia estava certo: o tempo é
cíclico! Os sentimentos dos homens têm vida própria, não importa os porões onde
eles hibernam – assim também são as ideologias, os deuses e os diabos – todos
enfim reivindicam o seu retorno. Em pauta: a luta pelo domínio desde uma simples
choupana, uma aldeia, um reino, o mundo ou universo!
A interpretação pura e simplesmente dos fatos à luz dos recursos
disponíveis em dado contexto, as leis, as ciências e outros que tais, ainda
assim, as vezes não são mais apropriadas, em especial, quando os homens em
outras coisas já se transformaram.
O exemplo disso é o caso da divulgação das gravações
telefônicas pelo Juízo Moro, da conversa de Lula e da Presidente Dilma – que
leis foram respeitadas ou que leis foram infringidas? Que leis afinal estão em
vigor? Em suma: estamos todos perplexos seja com os fatos praticados pelos
homens; seja pela interpretação desses fatos pelos guardiões da legalidade!
Pois bem, olhando o desdobramento da crise política e
institucional pela qual passa o Brasil, chego à conclusão de que o “véu do
tempo se rasgou”, e lá do fundo dos abismos, ‘seres outros’ fizeram pouso. Em outras palavras, vivemos tempos
excepcionais. Nada é e nada será como
antes. Tudo é um porvir tenebroso!
Estamos assistindo
a volta triunfal de quem: Seth ou de
Osíris? De Zeus ou de Hades? De Adão ou
de Caim? De Rômulo ou de Remo?
Sim, caro leitor, eu estou partindo da premissa de que o
‘mito’ é algo mais do que temos aprendido sobre ele. E acrescento: o mito é a
outra ‘mão’ do homem, quando as coisas postas já não são da ordem daquilo que a
mão comum alcança ou a palavra já diluída de sentidos, explica.
“O Gigante pela própria natureza” não é uma metáfora por
acaso: é por força também de explicações outras – aquelas que nos remontam a
origem de todos os mitos.
Ora, uma discussão como essa, não poderia ficar de fora,
Totem e o Tabu, de Sigmund Freud. Sem ele não vamos compreender por que logo
após os filhos assassinarem o Pai, é instaurada as ‘condições psicológicas’
para o processo civilizatório.
Por fim, vivemos dias que em outras épocas também tudo
parecia fora de controle!
Que deus nos ajude?
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