Pensando nas coisas, e suas metamorfoses


Por Gilvaldo Quinzeiro


Que o presente é o motor e o combustível das ações do homem, disso não temos dúvida, contudo, para constituir-se numa ‘direção’, falta-lhe a   engrenagem, e esta encontra-se naquilo que remonta ao passado.

Quando eu falo no passado, não me refiro apenas ao aprendizado histórico, mas a velha natureza do homem – é esta a matéria-prima da qual podemos nos transformar em quaisquer coisas!

O presente, pois, a despeito de todas as suas sofisticadas tecnologias, não dá ao homem a serenidade de um velho macaco, que ao longo do seu passado aprendeu a dormir sobre as árvores, não obstante todas as tempestades!

Em outras palavras, há coisa no homem, que este morre sem entender, é  esta de natureza filogenético, logo, não deixa de ser do homem enquanto espécie.

Conectar-se a si mesmo, em vez do apego fácil sem criticidade alguma às novas engrenagem, pode até parecer estranho aos olhos dos outros, porém, é colocar-se de ouvidos no chão, quando os escombros ao lado são dos terremotos evitáveis!

O que vemos em nossos dias, onde ventos e poeiras são uma coisa só –, são mais ‘motores e combustíveis’ do que direção. A culpa é de quem? Dos homens, sem dúvida!

Parabéns aos macacos, pois, estes sim, estão permanentemente dentro de si!







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