Nem ‘Hegel e nem Engels’: tudo é farinha com tripas!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Neste tempo de muitas ‘marchas’, e poucos caminhos; de
muitas bandeiras, e pouca convicção; de muita retórica, e poucas ações; de
muito ‘ismo’, e pouco juízo – o Brasil vive um particular momento, onde os
paradoxos se misturam, e tudo se torna na água suja a escorrer para o rio!
Como já afirmei em outros textos, de fato, vivemos mesmo é
uma “seca de homens, e uma enxurrada de sapos”!
Este tempo nos aproxima muito da descrição de Platão sobre “
O Mito da Caverna, onde as sombras, e não a luz, dão o tom da normalidade.
Em que pese todo o
reinar absoluto das informações, o que assistimos hoje são os sujeitos viverem
no raso. No raso ralo das aparências e
da hipocrisia; no raso poroso do mundo das imagens – fonte das nossas mais
profundas ansiedades!
Tempo dos contrastes e das contradições. De quem se
esperaria, por exemplo, a interpretação racional dos acontecimentos, como é o
caso da Magistratura, ver-se o ímpeto dominar as decisões; a emoção prevalecer
no lugar reflexão.
Em outras palavras, no afã da condenação a qualquer custo, os
magistrados algemam a si mesmos ao tropeçarem nas próprias palavras, usadas
como justificavas finais em suas acusações!
Enfim, vivemos uma época onde o ‘farelo’ é engolido como se
fosse farinha; cabaça, no lugar da cabeça; o bote, em vez de pote.
Filosofar que seria uma das demandas emergenciais do nosso
tempo, nem citando no tempo e no contexto, corretamente os filósofos!
Por fim, pelo sim ou pelo não, bom domingo de barriga cheia
a todos! No fritar das tripas magras, o
olho gordo do gato é quem finalmente dará o sabor da comida!
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