A 'saliva' do universo
Por Gilvaldo Quinzeiro
Em tudo há a coisa que contem a coisa em si, da respiração
de um simples calango, a composição que faz uma bolha de sabão existir. A
mecânica é a mesma, então, como explicar que uma bolha de sabão não é logo em sua
origem esmagada?
Ora, por mais gigantescos que sejam os meus desafios de
agora, tudo em mim permanecerá fincado, logo, não há porque eu me sentir como
se fora uma bolha de sabão: há, pois, que eu saiba disso ou não, uma
preexistência em tudo!
Numa simples saliva poderá ser encontrado sinais de vida,
inclusive extraterrestre – por que não? – quem é daqui que nunca esteve também
lá?
Portanto, erga-se, e olhe o mundo em sua volta: a única
coisa presa ao seu pescoço é sua própria cabeça. Todas as coisas permanecem e permanecerão
em seu devido lugar, apesar do seu inflar em face de suas gigantescas
reclamações!
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