O 'homem' no fogo
Por Gilvaldo Quinzeiro
O fogo e o homem são
dois estranhos que ‘cospem’ no mesmo prato, porém, um jamais poderá pôr a ‘bunda’
no mesmo assento do outro.
Bem, nestes dias, Caxias e seus arredores têm sido tomados
pelo fogo. E o que nos abunda são os assentos inseguros.
O problema do fogo, conquanto a destruição que possa
causar, não é quando este queima, uma vez que o ato de queimar é inerente a sua
natureza, a questão é quando o fogo se ‘antropomorfiza’, isto é, quando adquire
traços inerente ao homem.
O ‘homem’ no fogo, eis o pior dos incêndios a ser combatido!
Não é exatamente isso o que está a
ocorrer nos últimos dias nos arredores de Caxias?
Ora, o dito aqui nos remete ao campo dos antigos
conhecimentos, tais como os praticados pelos xamãs. Aliás, a prática de
combater incêndios numa época em que não havia nem sequer bombeiros, como era
feito, senão através de rituais.
Como diria Protágoras, “o homem é a medida todas as coisas”,
logo, como apagar o fogo sem o antropomorfizá-lo, ou seja, sem elevá-lo a categoria de quem possa atender as
nossas preces?
Eis a questão!
Por fim, o fogo, aliado a seca, planta uma grande lição,
qual seja, o homem não é esta ‘chuva’ toda.
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