Um café. A elegância. A sensualidade
Por Gilvaldo Quinzeiro
Há coisas que têm que vir de dentro. Não adianta o
agarramento a exterioridade. Uma mulher é seguramente mais bonita, quando está ‘fincada’
em si mesmo, incluindo em suas convicções sobre o belo. Infelizmente, muitas
mulheres preferem a embalagem das barras de chocolate!
Vejo hoje a sensualidade muito profusa. Há mais ‘agressividade’
do que propriamente a sensualidade – sinal dos novos tempos e da crise de
identidade!
Outro dia, eu vi um casal dançar como nos tempos áureos dos
bailes. Ela uma linda senhora. Ele um elegante senhor. Meu Deus! Como dançavam divinamente
bem! Tudo perfeito.
Hoje tudo é muito agressivo. É na base do ‘pancadão’, e
foda-se quem quiser, incluindo os ouvidos!
Eu não sou argentino, mas sou apaixonado pelo tango! Aquilo
sim é a combinação de elegância e sensualidade!
Na verdade, assim como o café só presta servido, quando
quente, a sensualidade desprovida da elegância é dispensável aos olhos e aos
demais sentidos.
Sensualidade e elegância é por descrição a arte pura!
Por falar em arte pura, a voz de Marisa Monte é agradabilíssima!
Ela é sensual e elegante! Dizer mais sobre ela, seria uma profanação!
Por fim, eu fico a pensar na elegância das mulheres sírias
que, mesmo diante dos horrores da guerra permanecem como arquétipo de
resistência, de postura!
Que o belo vença a feiura de todas as guerras! Bom café a
todos!
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