A senhora fala dos que não têm nada a dizer
Por Gilvaldo Quinzeiro
Não se pode esperar nada dos extremos que não seja aquilo
que estes podem ser e dar de si mesmos, isto é, o outro lado da mesma coisa. E
o que é esta mesma coisa? – Nada, sem os extremos!
Dito de outro modo, os extremos é o outro lado do espelho -,
a face visível é a mesma que é cega para o outro, logo, não é de se estranhar
que o resultado disso seja exatamente os conflitos de visões.
Ora, no Brasil de hoje onde os extremos se acirram, nunca
fomos tão cegos e surdos. Por isso, as forças que impõe o que se chama de ‘moral’,
nunca estiveram tão escandalosamente nuas!
Não se assuste pois, com “o pum” dos palhaços servindo de
remendo para os discursos que agigantam as bocas sem nada a dizer, e abrem os
ouvidos para de tudo se ouvir diante dos olhos grávidos da tão distante senhora
novidade!
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