Um abraço para quem atirar a primeira pedra



Por Gilvaldo Quinzeiro



Ao acompanhar postagens destes últimos dias nas redes sociais, onde tanto se fala do abraço do Dr. Dráuzio Varella, a uma   detenta, que foi condenada por homicídio e ocultação de cadáver de uma criança, e levado ao ar por uma reportagem no programa do Fantástico, a princípio poderemos concluir que oh! Estamos todos felizes, mas não. Este não é o nosso caso!

O bruto Brasil que no passado não tão distante fez das feridas em carnes humana ‘pisos e calçadas’ para os senhores pisarem, hoje se divide e se inflama, condena e esbraveja um abraço, que poderia ter passado completamente despercebido, se também não tivesse tido a dura intenção de ferir quem se acha puro o suficiente para ‘atirar a primeira pedra’ contra mesma sociedade, que nos faz todos podres e hipócritas – barro do qual nada se esculpe,  senão  os piores dos  vasos, que são os   da  indiferença, intolerância e  barbárie!

Sim, chegamos onde jamais deveríamos ter chegado: na merda! E quando, por quaisquer que sejam as razões se chega a estas condições, não há mão, nariz e boca que não estejam suja de alguma coisa!

Ora, como diz o velho ditado, estamos todos sujos, mas criticando o mal lavado!

 Enquanto isso, a crise do coronavírus, que sozinha coloca uma país como a Itália literalmente de cócoras, e isso sem falar, na outra crise que já estoura, e faz caras vítimas, a do petróleo, nos colocará frente a frente com as coisas não viscerais, mas do mundo real – ou teremos a racionalidade necessária para gerenciar a situação ou não nos restará outra coisa que não rezar compulsivamente para nos livrar da merda do outro!

Um abraço?

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