O coronavírus e a ‘aranha civilizatória’. O que tecer?
Por Gilvaldo Quinzeiro
A civilização, é como uma ‘casa de aranha’, isto é, por mais
bem tecida que seja, não dura o sopro dos novos ventos. Um dia chegará de surpresa
para a aranha, por mais trabalho que esta teve, de sorte que, ou esta, a aranha,
tece seus fios de outra coisa, ou para estas novas coisas não haverá mais o
tecer desta pobre aranha!
Assim, ocorreu um dia com a civilização egípcia, logo esta,
para a qual, a ‘eternidade’ era o fio que constituía todos os seus tecidos:
sociais, culturais, econômico, e dispensa dizer, religioso. Seus deuses, oh que
deuses poderosos!, para os quais os mais
luxuosos templos foram erguidos, não
puderam nada fazer – que pena !
Assim, ocorreu com a toda poderosa civilização romana. Esta que tanto se orgulhava de ser ‘romana’,
quem não fosse romano, era ‘bárbaro’. Seus exércitos, um dos mais temidos de
toda a história, não foram nada diante da infalível tática do tempo! Os seus
sobreviventes tiveram que emprenhar-se nas florestas, adotando novo estilo de
vida!
Assim também ocorrerá com a nossa?
É possível que a nossa ‘aranha civilizatória’, esteja enfrentando
se não o seu pior predador, pois, como eu tenho dito, o porvir, não virá
sozinho, mas certamente, está diante aquele que mudará para sempre a sua forma
de tecer: o novo coronavírus, o covid-19 .
Não estou falando do ‘fim da espécie humana’, mas, é provável,
o fim de um certo estilo de viver. Ou seja, talvez, a nossa ida ao shopping não
será mais como antes. Só para citar um exemplo!
Contudo, se olharmos a nossa volta, a formiga vai continuar
sendo formiga, o cão vai continuar sendo o cão, mas não o nosso estilo de vida,
e, talvez, nem nós seremos mais os mesmos – que bom?
Em outras palavras, além do gigantesco desafio de combater a
expansão do coronavírus, teremos que aprender a desenvolver novos hábitos,
novos paradigmas, ou seja, uma nova civilização!
Que uma ‘nova aranha’ surja, e que o tempo nos ensine a tecer!
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