Em tempo de pandemia: vão-se os dedos ou os anéis?



Por Gilvaldo Quinzeiro


Enquanto, o Covid-19,  o novo coronavírus avança ceifando vidas pelo mundo, já são mais de 18 mil mortos e 413 mil contaminados, números de ontem, quarta-feira, 25, há aqueles que estão seriamente em dúvidas entre “salvar os dedos ou os anéis”.

Muitos não se deram conta de que o ‘ilusório’, um dos amarradios do no processo civilizatório, está sendo confrontado com o mundo real. Platão (427 a.C – 347 a.C) se vivo estivesse, não teria dúvida de que a humanidade, em se passando milhares de anos, ainda não abandonou a caverna. Estamos presos, entre outras coisas, a uma mera imagem que sustentamos como sendo a nossa. Isso é morrer pelo sopro da mais leve brisa!

Que imagem pode ser sustentada em tempo de crise, senão a que temos que lutar para não reconhecê-la!

Duros são os tempos onde nos poderão faltar coveiros!

 Muitos não perceberam que em tempo de crise, forçar toda à barreira imposta pelo confinamento social, uma exigência das autoridades sanitárias, para ir    ao salão de beleza ou ao shopping, é se desprevenir da sensatez – a roupa mais elegante a ser vestida neste momento!

Reconhece-se, pois, a verdadeira face de uma crise, quando as dos homens não são capazes de se portar diante dos assombrosos espelhos. Neste momento, há quem não consiga mencionar o esforço para se manter a cabeça em seu divido lugar. Por isso, para muitos, um anel na cabeça (dos dedos), vale mais do que ter esperança de novos dias para recomeçar!

Estamos correndo contra o tempo. Mas o bicho que corre atrás de nós é a nossa negligencia e as nossas imperfeições.

 Desprenda-se, pois, dos seus anéis, confie em seus pés!

 Manter a cabeça no lugar, vale mais do que mil espadas nas mãos sem saber como manuseá-las!

Um bom dia para se assegurar, o de  amanhã!




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