Uma quarta-feira em cinzas. O pós discurso do Presidente!



Por Gilvaldo Quinzeiro


Ou o Brasil está de fato muito doente ou nos tornamos todos ‘atletas’, e imunes a uma das maiores pandemia da história, o covid-19, conforme o desastroso pronunciamento do Presidente do Brasil, feito ontem à noite em cadeia de rádio e televisão, Jair Bolsonaro, no qual o mesmo, exige o fim do confinamento social, medida adotada por todos os países do mundo, e que seguem as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), no combate ao novo coronavírus.

Ou o Presidente é o “Messias”, o mito, como muitos querem que seja, ou então, estamos perdidos no exato momento, em que as condições do mar não nos facilitam a travessia. Ou seja, a falta de um líder sério, sensato e com um pouco de sanidade, poderá levar esta mesma Nação, em que se coloca “Deus”, como dos seus lemas, a ser tragada pelas profundezas das turbulentas águas do porvir. Falta-nos, pois, neste momento difícil, alguém à altura de Moisés, ainda que se diga atlético ou se considere acima dos mortais!

 Ou Deus é de fato brasileiro, como muitos se apegam, e por isso nos daremos o luxo de não obedecer à recomendações da ciência no combate ao covid-19, indo na contramão dos outros países, ou estamos acelerando por uma via obscurantista o nosso apocalipse.

Em que mãos estamos, afinal, neste momento?

Como eu tenho alertado, a pandemia do novo coronavírus, o covid-19, irá testar todas as nossas estruturas de saúde; todas as nossas estruturas civilizatórias; toda a nossa logística; toda a economia, como também as nossas estruturas mentais, que aliás, devem ser mantidas o quanto possível livre de um colapso.

Como eu tenho alertado, a pandemia do coronavírus vai nos provar o que somos? O que Temos? O que somos capazes de fazer?

Dito de outra maneira, as nossas máscaras estão caindo. Os lobos estão se desvencilhando da pele de cordeiro.  Os “homens de bem”, de fato terão que provar a que bem servem!

Esta quarta-feira, 25, de março, de 2020, não poderia ter amanhecido pior!

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