Coisas que precisam ser ditas à todas as idades, meus filhos!


Por Gilvaldo Quinzeiro

A paixão costuma chegar abruptamente nas madrugadas; tira-nos o sono, mas vai embora do jeito que chegou, com os primeiros ventos gélidos do inverno.

 O amor... bem...   o amor não é descoberto debaixo de um palheiro  ou encontrado em baile de gala como se costuma crer; este é uma semente, e como tal é colhido na mesma medida e intensidade com que plantamos. Não devemos apenas saber armazenar suas sementes nos mais caros vasos como também ser em quaisquer estações seu solo fértil!

O sono dos bebês e o seu sorriso dependem tão somente das mãos de quem o protege, mas, este não se tornará adulto, se não lhe for ensinado a arte de  se levantar sozinho. Aliás, deveríamos ter aprendidos desde o berço que seremos sozinhos mesmo estando nos braços da multidão.

A juventude é como um rio caudaloso, ou seja, é forte e apaixonante, mas já passou com a mesma rapidez...

A velhice. Ah essa Senhora da qual nada sabemos, e que será para os  mais afortunados a sua mais permanente visita, seja nos frios cafés das manhãs ou nas insônias de todas as noites; na solidão dos corpos quentes, seja na solidão dos amigos; seja na solidão dos filhos, quartos e quintais - sobre essa não se deveria ensinar apenas nos templos ou livros sagrados, mas nas festas de debutantes ; nas academias de ginásticas; nos campos de peladas; nos concursos de beleza; nas praias lotadas de verão – é aqui que de fato a vida ganha sentidos!

Qual o sentido da vida?  Bem, este deveria ser a pele por baixo dos farrapos ou das sedas, que ostentamos antes mesmo de aprendermos sobre o uso correto dos pensamentos! Eis a razão dos nossos arranhões e feridas? Dos queixos caídos ou das caras quebradas?

Enfim, uma boa dose de maturidade em quaisquer situações nos livrará da necessidade de embriaguez!

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla