Enfim a vacina! Mas em tempo de polarização haverá guerra contra seu uso?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Ufa! Enfim chegaram as primeiras doses de vacinas! Mas quem está
comemorando? Quem dará braço para receber as doses recomendadas? Quem está
torcendo contra? Quem está disposto a entrar numa guerra contra o seu uso?
Eh! pelo jeito nem
bem resolvemos um problema, e já criamos outro. Sabe qual a causa disso? A doentia polarização!
Se no início da crise sanitária da covid-19 nos dividíamos entre aqueles que a chamavam de
‘gripezinha’ e aqueles que diziam ser uma grave pandemia; entre os que defendiam o isolamento
social e os que defendiam o retorno imediato das aglomerações; entre os
defendiam o uso das máscaras e os que chamavam essa atitude de ‘maricas’ – com a
chegada da vacina, diga-se de passagem, depois de muita luta solitária dos cientistas,
pois, estes não receberam o apoio por parte das nossas autoridades federias,
bem como de uma parcela da sociedade -, assistimos mais uma vez a sociedade se
dividir perigosamente entre os que irão
tomar a vacina e aqueles que estão fazendo uma criminosa campanha contra. Pasme! Tudo isso no meio da superlotação dos
hospitais e da falta de oxigênio como está ocorrendo no Amazonas, e com
possibilidade real de se estender a outras regiões do Brasil.
Como eu venho
chamando atenção insistentemente, essa doentia polarização está na raiz do
prolongamento e agravamento de quaisquer crises, seja essa econômica, seja essa
sanitária. Se o tão esperado “retorno de
Jesus Cristo” acontecer nestas condições, é certo que este será partido ao
meio, um pedaço para cada lado! E mais: terá seu corpo devorado!
Mas o que afinal está acontecendo? Estamos assistindo os
pilares da civilização ruírem. Neste caso, o animalesco, o brutal e o tribal afloram.
Não existe mais ‘o cavaleiro’ - a primazia agora é do ‘cavalo’.
“Ser gente”, “ser homem” é uma condição tão tênue quanto o
de uma civilização ou de uma democracia. Ou seja, quando as condições se
alteram, então, fuja que o bicho está solto!
E aí meu primo, correndo de quem, pra onde e por quê?
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