O jorro do leite condensado. Uma breve introdução psicanalítica
Por Gilvaldo Quinzeiro
Que é verdade que para habitar o mundo, temos que o antropomorfizar,
pois, de outra forma não encontraríamos nele nada parecido conosco, isso é indiscutivelmente
tangível! A questão é quando a bolha, que
acreditamos ser, estoura, e de repente o mundo que antes nos parecia tão familiar
nos abocanha – isso freudianamente é pica, a grande! Ou seja, o horror a
castração!
Ora, ora, o estouro dessa bolha ilusória implica em outras
coisas, numa espécie de coito interrompido, ou seja, nos tirou da nossa zona de
conforto. E mais: há uma primazia do arcaico, do tribal; da perversão!
Em outras palavras, quanto mais macho, maior o complexo de
castração!
Caso seja verdade a afirmação de Sigmund Freud que o nosso
primeiro contato com a realidade é feito com a boca, então, isso também explica
porque há tanta gente se sentido mordido – é que estamos usando a boca para,
perigosamente termos conhecimento daquilo que nos toca!
Sim, de fato tudo se transformou numa grande boca! Os palavrões;
o vai tomar não sei aonde; a destemperança no ato de comer... Neste ínterim, o mesmo Sigmund Freud nos
diria: não há pois diferença entre se tomar no rabo ou na boca! Aliás, a
Psicanálise sabe que há deslocamento, inclusive das genitálias!
O dito aqui também se aplica ao gozo. O que é então a figura do “leite condensado”?
Sim, há aqui nitidamente o deslocamento do gozo. Entendeu por que muitos estão
se empapuçando com o tal leite condensado e outras guloseimas?
Você ainda duvida da fase do desenvolvimento psicossexual em
que o Presidente da República se encontra? Sim, a fase oral! Uma criancinha,
diga-se de passagem!
Meu Deus? Não. A realidade numa visão psicanalítica!
Comentários
Postar um comentário