O segredo do 'agora'. Cavalo da nossa pressa?


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

‘O agora’ é como rio de Heráclito. Ou seja, não nos espera passarmos o sabonete, pois, quando, por mais apressado que ao rio retornarmos, este não é mais o mesmo. Em outras palavras, o verdadeiro banho, aquele que pesca o rio é o ato de pensar, posto que não há outra maneira de nos anteciparmos ao ‘peixe’ em que o misterioso rio da vida acaba de também nos transformar.

Para romantizar o assunto, ‘o agora ‘é como um beijo apaixonado, isto é, não é o ato em si o que verdadeiramente importa, por mais que neste nos fixamos, e sim seu vir a ser... ou seja, o que resultamos deste.

‘O agora’ também pode ser descrito recorrendo a uma áurea mais mística, como um misterioso cavalheiro de duas faces, mas prestamos mais atenção ao seu gordo cavalo. O resultado disso é a nossa eterna prisão aos espelhos:  passado ou futuro.

Enfim, o agora é. O resto é o sabonete esquecido nos olhos!

Um bom dia a todos!

 

 

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