A violência e seus engenhos(II)
Gilvaldo Quinzeiro
Como um tsunami, uma onda de violência invade as ruas e os bairros
de Caxias, destruindo famílias, e esmagando principalmente os jovens; os jovens,
diga-se, do sexo masculino e em idade escolar. Um fato curioso é que tal onda de
violência coincide com fechamento de muitas escolas, sobretudo do turno noturno.
A violência, portanto, é a única face que se
sobrepõe as demais. Enquanto isso, as
autoridades têm se limitados a promover shows com a justificativa de estarem fazendo uma campanha contra o crack
e outros que tais, porém, na prática, não passam de meros palanques políticos
nos quais são projetados aquele ou outro candidato. Qual ação concreta de tais
eventos?
Ora, qualquer iniciativa no sentido de conter e
prevenir a violência passa pela discussão, elaboração e implantação de
políticas públicas, e mais do que isso, com a participação de toda a sociedade.
Por outro lado, é bom que se esclareça que a
violência é sim, um lucrativo negócio para muitas pessoas e empresas. Hoje, por
exemplo, já não se pode fazer nem mais uma simples festa de aniversário, sem
que não se tenha que contratar seguranças. Em outras palavras, estes são
aqueles que dizem: “quanto pior, melhor”!
De fato, pior poderá ficar. A violência é muito mais
complexa. É como um câncer faminto a tomar de conta de todo o organismo. Enquanto
isso, a sociedade apenas se rende de joelho ao monstro que nasceu e cresceu das
nossas entranhas.
A tal “modernidade” não é só a estética que as
nossas faces não alcançam, mas é também o engenho que esmaga outras
possibilidades!
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