Estamos grávidos de quê?
Por Gilvaldo Quinzeiro
O mundo se tornou uma “esfinge” sem sua cabeça. A
história recente nunca esteve tão grávida. Mas o que nos falta mesmo são as
parteiras. Todas se ocuparam com as suas própria dores, e o parto já anunciado –
é adiado por outras trempes! No mais, tudo é só “arreganhamento”!
É no cotidiano que tudo se arreganha. Uns com suas
feridas expostas; outros por fazerem da sua bunda, a própria boca! A suja boca
que se limpa abocanhada pela realidade. A realidade que nunca cospe nada
inteiro!
Estamos
grávidos de quê? A questão hoje, não são as dores e suas contrações, que nos
fazem “bonecas de plásticos”, mas o medo de que o fruto da gravidez, já não
precise mais de parto algum, dado o arreganhamento do próprio tempo!
Por fim, se a esfinge perdeu a sua cabeça, quem
afinal assumiu o seu corpo? Os egípcios antigos que eram “grávidos de
eternidade”, deviam saber bem porque “encravavam” as suas cabeças! Uma destas,
na própria esfinge. E quanto as nossas? Que parto difícil!
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