No jogo do racismo a bola é a do “entrepernas”. Quem possui a menor é quem grita gol?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Às vésperas de uma Copa do Mundo, o que parece está
em jogo, não é a grande festa do futebol, mas os alicerces de uma sociedade que
hoje nos parecem tão puídos. Seremos capazes de realizar a melhor Copa do Mundo
ou o mundo fugirá da Copa do Mundo sediada no Brasil? Os estrangeiros que virão
ao Brasil querem ver o quê afinal? Entre as massas e o cimento, surge uma
“imagem torcida” pelos olhos do mundo! Mas à luz dos nossos olhos que imagem
temos de nós mesmos?
Na quinta-feira passada, na partida entre Mogi Mirim
e Santos, válida pelo campeonato paulista, o jogador Arouca sofreu racismo
cometido pela torcida do Mogi. O caso ganhou muita repercussão. E mais do que
isso, este episódio pode ser o início de um outro tipo de jogada – aquela que
em que os que acreditam ser “os donos da bola”, também afogam-se nela!
Ainda bem?
Na sexta-feira, um outro caso de racismo também no
futebol, desta feita, no Rio Grande do Sul, contra o juiz da partida entre
Esportivo e Veranópolis, Marcio Chagas da Silva que, além de xingamento teve
seu carro danificado por torcedores do Esportivo.
Que time é este torcida brasileira?
O mundo que é uma bola, neste tempo de crise econômica
expõe a própria carne. O difícil é prever que carne é melhor do que a carne do
outro. E no jogo que pode estar se iniciando, a bola da vez é que está “entre
as pernas”. E entre estas quanto mais “esfolada” é a maior?
Esperamos que o “bom senso” chegue a tempo de termos
esta resposta numa disputa real. E os jogadores em campo sejam craques como
Maradona – mão na bola também pode ser validada como gol! Ou como Pelé – quando
o bonito do jogo é a bola de pé em pé!
E ai meu peixe, a sua torcida é por qual bola?
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