Por quais caminhos o amor nos encontra?
Por Gilvaldo Quinzeiro
O amor tem face? E a sua face contrária é a de quem?
Quem ama se odeia quando a si mesmo lhe falta o amor próprio? Por quais
caminhos o amor é capaz de nos levar, quando sabemos que os do ódio nos afundam
de poço adentro?
Hoje em sala de aula, numa tarde quente, diga-se de
passagem, eu fui solicitado por uma aluna a falar a respeito do amor. Não sei a princípio a que amor se referia
ela, nem se por amor já sofreu seu coração... Só sei entretanto, que me afundei
num esforço gigantesco para atender a sua solicitação. E naquele momento fui
menestrel! Um trovador mais tocado do que cantor! ...
É claro que aqui neste texto, estou muito mais
confortável, mas não menos embaraçado...
Quando a gente ama (pensei enquanto a fala ainda me era
muda), não somos inteiros. Somos a metade. A outra parte é a que se arrisca,
enquanto a que permanece em nós é a que acreditamos ser o que de nós vai
sobreviver, quando enfim, o amor acabar. “E o amor acaba”? Esta foi a sua
pergunta inicial.
O amor é como uma música que move a alma, isto é,
não é necessariamente a música em si que nos importa, mas o que com ela estamos
a erguer. Então, o amor quando acaba, se é que acaba, já deixou fincado em nós
as suas canções!
La ra ri / la ra lá!
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