Na pele do universo quem não se sente esfolado?



Por Gilvaldo Quinzeiro



O homem neste vasto universo esfolado, constitui-se num eco apenas, numa espécie de vago lampejo. Isso não quer dizer, entretanto, que estamos sozinhos, a questão é que os outros ecos não se fazem por nós ouvidos.  Nos acostumamos pois, a ouvir apenas os nossos próprios gritos. De sorte que o universo, aos nossos olhos é como a nossa boca – abocanha apenas o que lhe servirá de pele!

E assim, somos como aqueles “pobres pintos pelados” que veem pena em tudo – em tudo que lhes falta!

Que pena ou que pele nos falta agora?

Dito com outras palavras, o homem no tempo em que este consegue ser “homem” - antropomorfiza a realidade – a mesma realidade que lhe esfola a pele. Do contrário, como mensurar a pele que ainda lhe resta?

Pois é...  que falta me faz agora uma palavra para estampa-la  bem na cara esfolada daquela coisa!

Ufa!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla