As verdes paixões



Por Gilvaldo Quinzeiro

 

O tempo de se apaixonar é sempre o presente. Nas estradas do passado ou do futuro, as paixões que por aqui se aventuram, andam sempre sozinhas, tal como um lobo solitário.   O agora é, portanto, a  melhor de todas as estações, não obstante,  o temor de seus trovões!.  

Contudo, as paixões precisam de um   tempo para amadurecer. Ou seja, suportar as adversidades das próximas estações.   Do contrário, não passarão de  “bananas verdes”.  A fome de comer “bananas verdes”, por sua vez, é sinal de que    já se  matou todas as esperanças!

Este texto é uma breve reflexão a respeito   das nossas  mais pontudas feridas, a saber, o perigo das fulminantes paixões e os crescentes crimes passionais.

Pois bem, cada vez mais as páginas policiais  dos jornais e os noticiários das TVs , estão ocupados com noticias de que um ex-namorado, um ex- marido  resolveu atentar contra a vida das suas antigas paixões. Aliás,  um simples “não”, tem motivado crimes bárbaros!

O que afinal está acontecendo?  Estamos desesperadamente amando?  Amar significa ter a posse da pessoa amada?  Ou nos falta a maturidade para lidar com as perdas?

A recente tragédia aérea  do  voo 4U9525, da Germanwings, que caiu nos Alpes francês matando  150 pessoas, tem levantado calorosas discussões em torno do seu copiloto , Andreas Lubitz . Entre as várias questões levantadas, está a que trata do rompimento de seu noivado.

É possível que o  fim do seu noivado, tenha sido a causa que levou Andreas Lubitz, a derrubar o avião?

De fato, lidar com as perdas, quaisquer que sejam, é sempre dolorido, e quando esta perda se trada de questões amorosas, a coisa se torna ainda mais sofrida.

Amores jurados para sempre, não têm suportado uma curta tarde nublada!

Eu tenho falado muito no “desraizamento” do sujeito nos tempos atuais, em particular dos jovens. Eu diria que está faltando à presença do “pai” – aquele que disciplina, educa e aponta para os espinhos.  Como consequência, temos criado uma geração que desconhece o solo onde pisa. Um solo escorregadio, diga-se de passagem.

No terreno do amor, então, tudo é pantanoso!

 

 

 

 

 

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