Puta mãe: o bebê se cagou!



Por Gilvaldo Quinzeiro

 

Pois é... parafraseando o dizer freudiano,  “civilização e merda não só andam juntos como se postam ao lado da mesma mesa para, assim, distinguir o que o homem enfim, leva á boca”. A propósito, eu cresci ouvindo a seguinte premissa: “quem tem medo de cagar, não come”.

O anunciado acima é uma breve introdução para a também não tão longa reflexão a respeito do quadro atual civilizatório, e, aproveitando o ensejo para fazer uma visita ao velho Freud,  mais especificamente ao seu “O Mal-Estar na Civilização”.

Pois bem, o caso em questão é o  de um menino de 5 anos, Adriano Henrique Jardim Ramos, que foi espancando pela sua mãe, Jane Aparecida Jardim, 27 anos, e, que mesmo tendo sido socorrido e internado em um  hospital   de Franca, interior de São Paulo,  na quinta-feira ( 27), veio a falecer  neste domingo (1),  por traumatismo craniano. O motivo alegado pela mãe: “Ele tinha feito cocô na cama. Foi quando eu me estressei e bati nele e acabei empurrando ele. Foi quando ele bateu a cabecinha na cama”.

Que merda!

Este caso é bem emblemático, pois, contem dois ingredientes da nossa crise atual: civilização X merda. O destino da humanidade, se assim posso falar, depende fundamentalmente do desdobramento da seguinte  equação: a mão que, conquanto, na merda se asseia  ou a merda da mão sempre limpa, não obstante, a suja cabeça!

Voltando a premissa “quem tem medo de cagar, não come”, bem que poderia se adequar ao caso em  questão, isto é, antes de se fazer a merda pra parir, deveria se ao menos se limpar primeiro.

Portanto, o puto estresse  de Jane Aparecida Jardim, é sem duvida nenhuma, o sintoma vivido por todos “os santos” dos nossos dias. Ou seja, viver fugindo da merda, quando esta é a parte mais visível de nós mesmos – é sim uma loucura!


 

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