Uma breve reflexão sobre a normalidade
Por Gilvaldo Quinzeiro
Por quais caminhos andam os loucos, sem se darem conta
dos espinhos? A loucura pode nos ser tão “protetora”, quanto a “normalidade” que nos aprisiona.
Pelas ruas de
Caxias, a exemplo do que ocorre em todas as grandes cidades brasileiras,
cruzamos normalmente com “os loucos” cuja loucura poderia ser a nossa. E quem somos
nós vistos na perspectiva de quem rompeu com a nossa “normalidade”?
A realidade não se apresenta a nós como inteira. De sorte
que, viver o dia a dia com tantas coisas “soltas e
espalhadas”, isto é, a dita “normalidade”, é como um catador de lixo a separar,
o que já lhe vem completamente desintegrado.
Ontem em sala de aula, eu fazia um esforço tremendo para
explicar aos meus alunos, que já não conseguimos mais coser e nem amarrar o
tempo, com qualquer “imbira” que seja!
A loucura passou a ser o jeito mais comado de nos amarrar
as coisas. Quisera que as coisas que de mim agora escapam, estivessem ao menos
do outro lado, me dando o dedo!
Bom dia!
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