Nada como a crua poesia!
Por Gilvaldo Quinzeiro
A poesia é carne crua: posta no varal é o alimento que
atrai os olhos famintos dos viajantes!
Quisera o mundo de homens famintos só de poesia!
Abocanhar a carne crua, abrupta e desesperadamente é
sentir a bruta fome que nos faz ter apenas boca! Não é, pois, esta fome que nos faz poeta!
A poesia é sim, filha das mais cruas entranhas!
Fazer poesia, entretanto, é um estado de atenção permanente tal como aquele em que se frita
peixe, isto é, um olho na frigideira, o outro, no gato.
O gato é o poeta na fome de pescar a poesia ainda crua!
Viva a poesia, de preferencia como o peixe, vivo!
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