O futebol e a violência: qual a 'bola' da vez?



Por Gilvaldo Quinzeiro




Não é de hoje que a violência entre as torcidas está ganhando o campeonato – o da barbárie! E o campeão desta disputa leva para casa como troféu, duas cabeças, quais sejam, a que nunca teve desde quando nasceu  e a que acabou de ganhar, quando perdeu o espírito esportivo!

Pois bem, na decisão do campeonato cearense,  Fortaleza X Ceará, ontem, um tumulto pós jogo provocado pela invasão da torcida em campo, demonstrou que uma parcela dos nossos torcedores possuem “cérebros áridos”, secos, melhor dizendo.  Por muito pouco, o que era para ser apenas  mais uma disputa de  final de campeonato  – se transformaria numa tragédia nacional!

Tudo isso, às vésperas de uma Olimpíada a ser realizada no Brasil. Aliás, na Grécia antiga, os jogos olímpicos cessavam todas as guerras entre as cidades rivais!

 Aqui no Brasil, pelo que parece, o espirito esportivo está sendo substituído pelo “instinto assassino”. A morte do torcedor do Palmeiras, Claudio Fernando de Morais, que foi agredido por torcedores do Santos, no dia 29 é um exemplo disso. E olhe que não estamos falando de outros casos!

O fanatismo das torcidas, materializado na violência dentro e fora dos estádios, só é comparável  ao fundamentalismo religioso, hoje em curso no mundo. E como tal,  precisa ser combatido!

Não respeitar a vitória do time adversário, quando para ambos,  as regras são as mesmas,  é desconhecer que numa competição, a derrota pode resultar na melhor das lições.

Portanto, a paz entre as torcidas e no mundo depende de outro lance, quase sempre esquecido no calor de uma decisão:  a bola que rola de pé em pé, não é a do  mesmo jogo  em que se põe na disputa, as nossas cabeças!

A minha torcida é... pela paz!


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