A roupa, o estilo e os nós da nossa política
Por Gilvaldo Quinzeiro
As roupas estendidas no varal podem revelar mais do que os
remendos ocultados pelos gestos da mão – como por exemplo, a imaginação dos que
agora estão despidos.
De um certo modo, o ruim das coisas, não estão
necessariamente nas coisas, mas apenas revela, o quanto sobre elas, estávamos
enganados. Sim, meu caro ‘fantasma’, tal como aquela história da ‘roupa do rei’,
aos olhos da realidade, não há calça comprida – tudo é bunda de fora!
A prisão agora a pouco do Senador Delcídio do Amaral, do
PT-MS, pela Policia Federal, me fez pensar na finura de um fio dental, isso
mesmo, aquele que não é usado entre os dentes.
O estilo. O Senador foi preso em um hotel de luxo em Brasília.
Uma ópera, talvez, a do ‘fantasma’, cairia como uma luva em nossos ouvidos.
Será?
Bem, em se tratando
de estilo, costumes e outros que tais, ou a gente, para o bem da nossa ‘moral’,
volta a ser como os índios ou, então, vamos continuar bem trajados, mas sem
deixar de sermos todos hipócritas!
Explico: os índios mesmo de bunda de fora, não a enfiava na
lama. Na lama, digo, como a que a maioria dos nossos políticos estão atolados,
a saber, a lama da corrupção.
Claro, para quem não sabe, o nó da nossa suja política,
está é nos municípios. Quando estas operações, tipo a do Lava Jato, “a da lava
tudo que tiver por ser lavado”, chegar nos municípios brasileiros, como Caxias,
por exemplo, – vão faltar adjetivos e prisões para meio mudo de pessoas de
estilo bem duvidoso!
Por fim, a vestimenta da nossa política, está escancaradamente
frouxa para uns, e apertada demais para outros. Em suma, há botões demais sem
nada a esconder e muito ‘colarinho branco’ para quem vive o tempo todo enfiado
na lama!
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