O ‘cão’ do homem: amigo de quem?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Neste tempo curto, onde nos sobram as receitas e sugestões
sobre tudo, exceto sobre como não ser hipócrita, eu posso treinar um cão até este,
finalmente, atender quando chamado pelo
meu nome e, mais ainda, a repetir todos os meus ‘bons comportamentos’, ou seja,
se tornar quase um homem, todavia, este mesmo treinamento, não me ensinará o
que fazer, quando, de repente me vier uma vontade louca de morder o cão!
Em outras palavras, somente ‘o cão’ do homem não poderá de
todo ser adestrado, pois, este se situa em algum lugar distante dos ‘amarradios’
normativos. De sorte que, os homens que ‘morderam’ a corda falando
exaustivamente desse assunto, a exemplo de Freud, não foram levados a sério.
A hipocrisia é, às vezes, a face mais aceitável de uma sociedade!
O fato é que, vez por outra, na história, os ‘cães’ se
plantam no poder – estes são os períodos de ossos expostos em covas rasas.
Por fim, na educação das crianças e jovens, deveríamos falar
mais sobre a velhice, pois é aqui, na velhice que todos os latidos nos
assustam, em especial, quando dos nossos, os outros se fingirem de surdos.
Au au!
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