Falando do pau que nos abunda!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Este texto em
formato de ‘pó de estrada’, faz um gracejo a Jessier Quirino, um caboclo cuspido e escarrado na viva oralidade nordestina. Vida longa
à reflexão cabocla!
O pau que fecha a porteira. Não sabem ‘os bois’ que é o
mesmo com o qual também a boiada poderia escapar. Basta uma coisinha de nada:
pensar!
Pensar, meus amigos! Não foi, pois, à toa que René Descartes em
tempo de tantas dúvidas, soube que existia! Neste período de ‘vacas magras’, a
dúvida é, portanto, um sinal de vitalidade.
Infelizmente aos ‘bois’, entre a corda e acordar não há
diferença. Tudo representa a mesma focinheira! Daí que
fica difícil e penoso, saber o que não é ‘boi para o confinamento’, hoje em
dia!
É exatamente nestas condições de final de estrada, onde
aparece ‘Dom Quixote’ e seu cavalo! Claro que as condições do tempo são de tal
ordem que, cavalo e cavaleiro se encontram montado na mesma coisa: na
incerteza! A vantagem, entretanto, nesta altura pende para o cavalo, pois,
justamente o seu rabo lhe a ponta para a terra firme.
Ora, do que diabo
adianta tantas cabeças em tempo que só a bunda nos abunda?
O risco que se
corre, neste ínterim, não é de Deus vier logo acabar com o mundo, mas inventarmos
para todos os gostos, outros diabos cada vez mais sofisticados.
Nada complicado. Tudo simples como viver de pau metido,
como as porteiras!
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