O ciúme quando alimenta, mata!
Por Gilvaldo Quinzeiro
O ‘diabo’ do ciúme é um corpo sarado, que não é o meu, e um
rosto lindo de ‘morrer’ que todos veem. Isto
é, quando para um dos amantes, a ideia de pertencimento está perigosamente identificada
apenas com o ato de devoramento.
O caso da morte da dançarina Ana Carolina Souza, de 30
anos, ocorrido nesta semana, em São Paulo, pelo seu ex-namorado Anderson
Rodrigues Leitão, de 27 anos, ilustra bem esta nossa afirmação.
Que o ciúme provoca vítimas, isso não é de hoje. Ou seja,
em todas as épocas, o ciúme se fez presente. Na mitologia grega, por exemplo,
um dos casos mais famosos é o de Hera, esposa do mulherengo Zeus.
Entretanto, o que nos chama atenção nos dias hoje é que tudo
parece estar ‘em carne viva’ – sem a proteção da pele. Nestas condições, ‘amar’ se tornou perigoso
demais – quase um ritual macabro! Anderson, por exemplo, segundo as noticiais,
fez sexo com Ana, antes
de matá-la, e depois, com ela já morta, a maquiou.
Voltando a falar do ciúme. O ciúme é o ‘alimento’ estragado
dos que, mesmo famintos, não tiveram a delicadeza para comer. Aliás, por falar
em alimento estragado, a quantidade de corpos de mulheres que, depois de mortas
pelos namorados ou maridos foram armazenados em freezer ou geladeira, reforça a
nossa afirmação.
Por fim, mais voraz
do que o ciúme é o tardio sentimento de culpa. Este sim, frita quem ainda não
foi devorado por um amor doentio!
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