O óbvio é como sardinha em lata: quem ver?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Ontem, depois de muito tempo, encontrei-me com meu amigo
professor, poeta e compositor, Carloman Rocha. Tomamos umas, conversamos outras.
Enfim, um papo filosoficamente agradável. O texto abaixo é parte desta
conversa, claro, com alguns acréscimos e adaptações. Ei-lo.
Falar com as sardinhas a respeito do óbvio, quando o mar se
fechou para estas ao comporem o molho das lacradas latas cujas tampas as
estampas vivas no rótulo – quão obscuro seria!
Do mesmo modo que para as sardinhas, o ‘diabo’ da nossa
realidade apresenta-se as vezes mais feio do que o imaginado!
No nosso atual
quadro político, por exemplo, vivo, só as fotos das campanhas passadas!
Nestas condições, falar do que meu jacaré? A realidade é
como aquele rio filosofado por Heráclito: nunca está ali! De que realidade você está mesmo falando? ,
pois, aquela já se enxugou nas suas lacrimas, e o seco do seu discurso não contempla
mais as novas enxurradas!
Por isso, eu tenho me mantido calado, mas de olho fincado
em especial para a nossa cena política - confronto de dinossauros a rasgarem-se
por aquilo que não me arriscaria pôr a mão!
Em falando de dinossauros, nesta semana houve uma invasão
na UnB por um grupo de 45 pessoas, que entre palavras racistas e homofóbicas,
gritavam “ Bolsonaro Presidente”!
Meu Deus!
Por fim, os deuses, entre estes o diabo, estão todos vivos.
Agora meu amigo, me responda: do que aqueles e este se alimenta? É óbvio que não é de sardinha!
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