A boca suja em família!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Nos últimos dias tem me chamado atenção as notícias, que
dão conta dos casos de mortes cometidos no ambiente familiar por
seus próprios membros, sejam estes, pais, mães, filhos, genros, sogros etc.
Este texto procura trazer à baila esta discussão. Aqui vai
o meu olhar, mas sem a contribuição dos múltiplos olhares, é cego.
No dia 25, sábado, Alda Poggi Pereira, 59 anos, professora
de música, matou a golpes de faca sua filha grávida (o bebê também morreu), e
ainda feriu gravemente o seu neto de apenas 4 anos. Alda Poggi Pereira tentou
se matar, mas foi socorrida. O caso aconteceu em Ribeirão Preto (SP).
Em Caxias, no último final de semana, o sogro matou o genro
também a golpes de faca, e feriu a filha depois de uma briga em família.
Casos como estes têm se multiplicados por todo o país.
Diante disso me arrisco a dizer ‘freudianamente’ o seguinte: perdemos o
controle dos esfíncteres! Estamos engatinhando na própria merda ou a retendo
para não atingirmos momentaneamente o outro. E assim sendo, cada um se achando
melhor do que todos!
As emoções, as
piores, estão à flor da pele! Ninguém
consegue evitar que uma simples conversa possa ter desdobramento fatídico. A
vida em família se tornou ‘veias abertas’, não obstante, ‘os manuais e as
receitas’ de boa convivência sobre a mesa.
Estar a mesa de
refeição se tornou um real perigo tal como numa matilha. A qualquer movimento,
um pode perder o controle, e lá se foi uma orelha! E para piorar a situação,
não há mais a figura do Pai ou do mediador. Muitos procuraram resolver seus
problemas, pasme, num programa de televisão – audiência garantida dos
mutilados!
Não se tem mais ‘espelho’.
A relação familiar foi trincada; sobraram os estilhaços com os quais as faces
restantes são feridas.
Por fim, falta-nos uma espécie de ‘penico’ aparador das
nossas merdas!
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