Entre a verdade e a ‘pós-verdade’, saber esperar em silêncio é ser prudente!


Por Gilvaldo Quinzeiro


No tempo da ‘pós-verdade’, uma nova palavra, que nada diz, mas que muito significa quando se refere ao estado puído das coisas, nada é fato ou tudo que é factual pode ser facilmente dissolvido com a ‘gritaria’ em contrário!

Em outras palavras, se vivemos numa época cuja marca é o seu ‘esburacamento’, a verdade é exatamente aquilo que em nada se fixa, pois a ordem das coisas tal como são concebidas ou percebidas privilegiam não a face, mas sua maquiagem.

Ora, diante das imagens ‘chocante’ das prisões de Garotinho sendo atado a uma maca ou da cabeça raspada de Sérgio Cabral, já na prisão, e da quase anunciada prisões de outrem – o que afinal prevalecerá – a verdade ou a ‘pós-verdade’?

Na verdade, se este termo ainda pode ser empregado como tal, não há como negar que vivemos sob a égide de um ‘liquidificador’, ou seja, nada sairá como entrou para o bem da fome momentânea.

O triunfo da ‘pós-verdade’ se constituirá em provar o seguinte: durante todo esse tempo a mentira foi uma grande verdade e, de ‘pernas compridas’!  O mundo nunca será mais o mesmo, posto que este nunca foi o que verdadeiramente se pensou sobre ele.

Enfim, prepare o azeite e as lamparinas: estamos grávidos de muitas incertezas, mas por prudência, um gemido será sem dúvida, um bom sinal!



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