O tempo das "novas cruzadas" - em que díabo nos transformamos?




O tempo das “novas cruzadas” – em  que diabo nos transformamos?
Por Gilvaldo Quinzeiro


Yaken: jovem largou tudo, abraçou o fundamentalismo e se tornou membro do Estado Islâmico



Uma peste com o nome de um rio – Ebola.  Não poderia ter outro nome mais apropriado para se batizar uma peste?  Ou a seca de nomes já  nos afunda na própria existência? Qual a sede de um rio, quando a fonte que inspira os homens há muito tempo já se secou? Que cruzada cruza este nosso tempo?

Bem, o dito acima é para introduzir uma breve leitura das questões imanente ao nosso tempo. Entre estas questões, a que me faz pensar que  vivemos uma “nova cruzada”, e com esta a mais bizarra das conclusões, a saber,  a de que  a “sede de viver de alguma forma se esgotou”.  Vou tomar como exemplo para justificar este meu pensamento, dois casos recentes. Primeiro,  o caso que aconteceu em Teresina, onde um  homem que acabara de ser enterrado, teve seu corpo desenterrado pelos seus “desafetos”  que, não se dando por satisfeitos, desferiram vários tiros no seu  corpo ( já “morto e enterrado”). E concluo:  “matar quem  já está morto é não ter mais sede alguma de vida – todos os seus sentidos de alguma forma se secaram”! Segundo, a imagem de um jovem egípcio (na foto acima) que a imprensa internacional o descreve como “rico e bonito”, Islam Yaken que deixou toda a sua vida confortável e pacata  para, de repente,  se tornar um jihadista do Estado Islâmico. Como ele, milhares de jovens, inclusive, do Ocidente estão a somar os quadros dos jihadistas.  O que o  caso de Islam Yaken, tem a ver com  a “sede de viver  que de alguma forma se esgotou”? – Respondo dizendo o seguinte:
1)     Os jovens são fontes que inspiram   quaisquer batalhas;
2)      Quando a vida já não inspira mais os jovens, estes passam a se “espelharem” naquilo que lhes estraçalham;
3)      Na falta de cavaleiros, os jovens se tornam seus “cavalos”.

Pois bem, de tempo em tempo uma peste, e com esta  as heresias contra as quais surgirão “nobres exércitos”. Eis as condições propícias  para o batismo das coisas.  Das coisas cujos nomes nos fazem ser seus fiéis devotos. Alguns  “devotos” de  corpos sem   sua cabeças. Outros,    “dos sem cabeças” seus  devotos.

Portanto, finalizo este texto dizendo o seguinte.   Aqui  no Brasil como em outras partes do mundo,  a violência é a “carne” que alimenta a perturbação dos espíritos dos nossos jovens. Alguns sem fé alguma  para se prostrarem. Outros, cegos pela fé se prostram.

E ai meus  irmãos, ebola o quê?




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla