Uma prosa para além da tarde
Por Gilvaldo Quinzeiro
Hoje, no meu passeio matinal pelas ruas do centro da
cidade, tive o prazer de reencontrar o meu
velho amigo, o educador, romancista e
pensador J. Cardoso. Há dias que não nos encontrávamos, pois, o mesmo está
residindo em Fortaleza. E, como de
costume, sentamos no banco da praça da
Matriz, e passamos a manhã inteira falando a respeito da existência. Na conversa de hoje, o livro do astrofísico brasileiro,
Marcelo Gleiser, "Criação
Imperfeita: Cosmo, Vida e o Código Oculto da Natureza" – foi o nosso ponto
de partida. A astronomia é uma das minhas paixões! Saber que sou uma “poeira
cósmica” me faz habitar para além dos
meus conflitos existenciais!
Na nossa conversa
também falamos de Platão, Aristóteles e Protágoras. Mais especificamente, em
ralação ao que estes gigantes da filosofia foram capazes
de erguer com seus pensamentos! “Tudo o que foi escrito até agora”, dizia J.
Cardoso se referindo a uma citação de um pensador contemporâneo, “não passa de
uma nota de rodapé, quando comparado aos escritos de Platão”. Hoje, argumentava eu, “se fala muito que o autor tal está superado,
mas imaginar que muito destes autores, como Platão, Freud e outros, mergulharam
fundo e na completa escuridão do seu
tempo, não há como negar a proeza dos seus
feitos para todos os tempos”!
De fato, passar o
dia todo “sentado sobre os livros” para deles tirar apenas as citações que lhe interessam, é muito cômodo!
O difícil é se afogar na própria existência – o ABC – dos verdadeiros mestres!
Por fim, como disse o velho Protágoras, “o homem é
a medida de todas as coisas; daquelas que são por aquilo que são e daquelas que
não são por aquilo que não são.”
Bem, agora, estou de saída para o meu passeio vespertino, e espero, como ocorreu de
manhã, encontrar-me com os velhos e bons amigos!
Uma boa tarde a todos!
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