A seca de agora é de quê, meu Deus?


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

O nosso sertão sempre foi fértil de seca. O pau que aqui  ainda se  segura em pé  é o cipó ou é de espinho.  Até de nuvens nosso céu foi sempre escasso. Mas então por que tanta pressa e prece por chuva?

A seca de agora, meu velho, é de homens! Por isso, as enchentes que tudo inundam só brotam escorpiões!

O Brasil com sua política de “engolir sapos”  abortou todas as chances de se tornar um gigante.  Seguimos pequenos e sentados no próprio vômito!

São Paulo que sempre alavancou o nosso  crescimento econômico, agora  temendo a seca, economiza a própria saliva. Tudo parou ou nada estava se movendo?

A sensação do momento é a pior possível. E olhe que já tivemos tempos piores! Então por que só agora nos damos conta da seca?

A questão é: sem “homens” também não há contexto. Tudo permanece grudado que nem barro  ao corpo. Somos porcos atolados em poças de lama a esperar o fim da estiagem!

E a palavra?

Só os gatos sabem que em tempo de seca,  o que é  mole se enterra!

 

           

 

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