A ponte é o que somos, como também as tempestades
Por Gilvaldo Quinzeiro
Somos a ponte e o outro lado, assim também como podemos “vir a ser” as tempestades.
O choro de agora, pode ter sido gestado ainda naqueles “sorrisos fáceis” de ontem ou no
passado mais remoto.
Ora, se somos ao mesmo tempo a ponte e as intempéries – então precisamos viver com os olhos abertos
para dentro de nós.
Todavia, o segredo está mesmo em quem de nós nos esperará
lá do outro lado da ponte: se aquele que
nos receberá de braços abertos a despeito de termos andados cegos ou se aquele que também se passará como o urubu
dos nossos olhos!
O hoje não é mais importante do que o passado, senão na
condição de que agora estamos o aproveitando para nos refazermos.
Quem de nós está
cosendo o outro que será a nossa “vestimenta” lá quando a nossa pele já se
descosturar?
A vida, meu amigo (fantasma) é um nevoeiro: descobrir a
minha face nele é sim, ter conseguido atravessar finalmente para o outro lado da ponte!
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