A ruptura das cordas
Por Gilvaldo Quinzeiro
A ruptura das cordas. Eu já disse aqui que “o mundo
acabou” – ao menos aquele mundo do qual tínhamos
tanta “certeza” que o pertencíamos! Só não sabíamos, no entanto, do quão eram puídos
seus tecidos e do quão eram frouxos os nossos nós conceituais sobre aquele!
Resultado: ficamos todos com a bunda pra cima fotografando a nossa cara lá no
chão!
A porta que antes era larga se fechou. Estreitos ficaram
os caminhos com tanta gente sem saber para onde ir.
Em muitos “carnavais” a Palavra do Senhor é só retiro - adestramento para o corpo já espiado e
espichado das coisas mundanas! Pobre
corpo que antecipa a quarta-feira de cinzas? Rico o mundo dos que do corpo se
aproveitam em pele de cordeiro?
A ruptura das cordas. Na politica brasileira muitos rezam
apenas para proteger seus frágeis
pescoços, pois, quando antes
acreditavam estar segurando firme a corda com a qual se dava os “nós”, hoje
descobrem tardiamente as noticias urgentes sobre seu enforcamento!
Ontem um colega me falava horrorizado ao se dá conta de
que os jovens que antes eram tão “acomodados”, hoje estão na linha de frente puxando o cordão dos que pedem o impeachment
da presidente Dilma .
O que há de errado? – perguntei-me em silencio. Sim, o que há de errado com outro lado que
agora tem o “controle” da corda?
É difícil neste momento não aceitar que “a história se
repete”. Talvez seja esta a mais dura das lições para quem se deixou amarrar com a mesma corda com qual
enforcava os seus desafetos!
Por outro lado, e por fim, uma leve lição: ainda bem que
toda “corda da história” é puída, e assim, quem hoje
só pensa em a outrem enforcar – amanhã agradecerá a mesma corda!
.
Comentários
Postar um comentário