O dia a dia das nossas conversas
Por Gilvaldo Quinzeiro
O ‘nu’ das conversas também perdeu o encanto dos olhares,
bem como a gentiliza do “olá, como vai”?; do “abanque-se que já vou lhe servir
o café”.
De repente, tudo se tornou mecânico ou blindado. O olhar
está vidrado em outras coisas, e as mãos de tão ocupadas, nem nos damos conta
de que as usamos nos cumprimentos.
O sorriso, por exemplo, que é considerado, o
idioma universal, perdeu a espontaneidade: tudo depende das circunstâncias de
que se está ou não sendo filmado!
A competitividade torna as pessoas arrogantes, duras e esticadas
como arame farpados. Todos passam a falar em celeridade ou celebridade, mas sem
saber ao certo o seu significado ou o seu custo. Em virtude disso, faz-se um
uso recorrente de ‘máscaras’. Máscaras, estas, que, com o passar do tempo se torna
rígidas: parte indelével do caráter.
Por fim, pelo tom da conversa há também sinais de tempestades.
Bom café da manhã!
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