Sexo hoje: tá na cara!
Por Gilvaldo Quinzeiro
A sexualidade infantil é um dos temas mais controvertidos. Por ele, Freud quase perde todos os seus
cabelos, porém, segurou as rédeas do seu ponto de vista até o fim. O
interessante é como Freud chegou as suas conclusões a respeito desse assunto,
isto é, da sexualidade infantil: estudando a sexualidade dos adultos.
Hoje, diante de tanta gente ‘adulta’ disposta a ficar nua
de qualquer jeito no afã de exibir o que supostamente acredita ter como “mais
bonito”, não diante dos dedos apontados para si, mas, dos olhos distantes do outro,
que veem tudo através de um aparelho de celular e
outros que tais – me pego de “calças curtas” desejoso de também falar desta
temática.
Para começar, eu falo em ‘deslocamento da genitália’ – para
os olhos, e por conseguinte do ‘gozo’ – a escopofilia! Ou seja, Freud não só
tinha razão ao defender tal tese, como, se vivo estivesse de olhos abertos estaria
gozando por ver a confirmação de seus postulados bem na cara da mais cara
civilização!
Que porra é esta?
Pois é... Está na cara que a nossa sexualidade
está ficando ‘rasa’ demais. Isso não significa dizer, entretanto, que estamos
enfim, gozando mais. Pelo contrário, está havendo um atropelamento do gozo.
Em outras palavras, ‘gozo’ há em que jamais se pudesse
gozar. O prazer hoje não está em ‘transar’, mas em ser visto transando. A
intimidade ganhou literalmente a rua. O desempenho sexual de alguém, não se
destina mais a agradar o parceiro ou a parceira – ali na cama -, e sim, à
cidade inteira!
Veja só. A minha ‘vizinha’, que quase não fala comigo, me fez
ver através de meia hora de vídeo compartilhado por quase meio milhão de
pessoas espalhadas pelo mundo inteiro que, ‘aquilo’ dela não é tão diferente do
das outras mulheres. Ainda bem! Já pensou se tudo fosse completamente diferente?
Por fim, em assim sendo, quando alguém lhe pedir algum afrodisíacao e outros que tais pergunte: com que cara?
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