O pescador de desertos
Por Gilvaldo Quinzeiro
Os desertos são ‘peixes vivos’. Sua existência é a prova
de que se é possível inverter a sede, e se tornar pescador de si mesmo!
Pescar os desertos é se afundar em si mesmo – coisa rara entre os homens contemporâneos – tão rasos e tão secos!
Por mais paradoxal que seja, os desertos são lugares
acolhedores. Os grandes mestres, como Jesus Cristos, Buda e outros foram aqui
acolhidos, quando os mares da vida lhes tornaram barulhentos e enfadonhos.
Uma travessia pelos desertos por mais curta que seja, é uma
experiência enriquecedora e transformadora -, é se colocar diante de outros
espelhos! Isso significa ficar frente a frente com o nosso ‘diabo’ interior: a
prova de que somos pescadores de nós mesmos!
Os desertos são ‘peixes vivos’. Os nossos também. Pescar
aqui é se fazer de iscas para os próprios vazios...
Bem-aventurado seja o homem pescador dos seus desertos!
Bom domingo a todos!
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