O patológico e a política


Por Gilvaldo Quinzeiro




Brasil. À esquerda dos acontecimentos, uma crise que cai como uma mosca na sopa dos mais à direita. Nada que nos indica uma metamorfose, mas apenas uma enfiada de dedo ‘naquilo’!

Para usar uma expressão meio saudosista: tempos de “porras loucas”, estes que se escancaram! Não há ninguém à altura dos sofistas – há uma crise até mesmo de retórica -, todos não passam de sapos acocorados!

Antes vermelho, vemos hoje um PT anêmico – uma palidez só comparada à do Jeca Tatu.

Que Monteiro Lobato me perdoe!

No outro extremo, aproveitando-se da posição ‘esquizo- paranoide’ petista, usando uma expressão de Melanie Klein, os mais à direita querem tirar onda de Pinel – aquele que foi pioneiro no tratamento da loucura.

Quem se lembra? Há pouco tempo a tortura era usado como tratamento de choque contra aqueles que apenas sonhavam e nada mais!

Sonhar parece pouco, mas viver em estado permanente de pesadelo é o bicho. O que esperar de uma geração que já não possui sonho algum?

Desejar “quanto pior melhor”, embora o pior possa ser o inevitável, não é sinônimo de sensatez: é loucura mesmo!

A realidade ficou porosa e reimosa demais. Parece que todas as feridas já cicatrizadas, de repente, se abrem. Tudo culpa de quem? É aqui onde o patológico se manifesta por demais: todos querem ser ‘Jesus Cristo’, mas a cruz, que é pesada ninguém quer carregar. São nestas tumultuadas horas que aparece uma solução milagrosa: Judas! E o diabo também!
Por fim, para os nossos males, não há remédio controlado. A indicação mais correta seria uma overdose de qualquer coisa ou no mínimo, para os nossos maus políticos, um chá de cadeia!


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