Uma complexa imagem dos bandidos em fuga. Um Complexo do Alemão para ver por um outro olhar!

Gilvaldo Quinzeiro



Um fixo olhar para trás, porque na frente não há espelho. Uma “ereção” para os pais veem. Uma arma em substituição ao corpo. Um corpo que falta pela ausência do olhar. Uma compulsão para chamar atenção, eis o que resume em palavras, uma “massa de bandidos” em ação! Mas, quando esta ação constitui em fuga, então temos uma imagem que a do herói, cega!....

Por fim, alguns bandidos “reconheceram” os pais não hora em que estes tiveram a “força” para lhes entregarem a polícia! Um enorme tempo, entre o “sim” e o “não”, que fizeram dos filhos um “sim para tudo!” Enfim, um momento de frente ao “espelho?”

Homens sem corpos, mas de fuzil na mão. Quando o uso deste se tornou claramente inócuo, eis que o corpo em frangalho que padece em fuga - momento em que se conclui ser mais importante ter um corpo a um fuzil? Ora, este é um caso de criaturas que se transformaram em simples espantalhos. Portanto, exercem sobre nós um efeito de um tiro na alma!... Quem consegue matar um espantalho, sem antes matar um pouco de si também?

Pois bem, olhando para além das câmeras de tvs, estes bandidos quando crianças, não tiveram nem onde “cagar’, isto é, na topografia da família, enquanto um lugar estruturante para edificação do corpo, imagem e identidade do sujeito -, lhes faltaram o espaço Berço, o espaço Penico bem como o espaço Espelho, conforme já tratamos a respeito em outro artigo. O resultado disso porém, são criaturas fantasmagóricas a procura dos seus próprios corpos. Corpos estes que só são encontrados na dor sentida ou na dor causada a outrem.

Por fim, um eterno e fixo olhar para trás para se certificarem da presença de um Outro. Um Outro não presente em si, mas, que o acompanha na forma de excrementos fantamasgóricos! Em outras palavras, uma massa de bandidos assombrados com as próprias fezes, logo estes nunca conseguiram cagar direito!

Portanto, eu te mato com os olhos, antes que o teu olhar esfregue o meu!

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